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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Governo Temer cria o lema “faça o que eu escrevo, não faça o que eu faço”


Em um pronunciamento acalorado nesta terça-feira (7), na tribuna da Câmara, o deputado Zé Carlos (PT-MA) fez um desabafo sobre a atuação truculenta do governo de Michel Temer com as atuais reformas sem diálogo entre o Congresso e a sociedade, o abandono das políticas públicas de alcance social, o movimento entreguista do patrimônio brasileiro, doação de dinheiro público para empresas de telefonia, e agora, mais recentemente, as indicações a ministros no seu governo.

“Tem sido recorrente as atitudes suspeitas do atual presidente, que vem causando revolta nos brasileiros, inclusive, daqueles que foram apoiadores do impeachment de Dilma Rousseff”, afirmou.
No início da semana passada, o presidente indicou Moreira Franco a ministro da Secretaria- Geral da Presidência da República, citado dezenas de vezes nas delações da Odebrecht no âmbito da lava-jato. Outro anúncio de nomeação repleto de polêmicas, foi a de Alexandre de Moraes para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal, assumindo o posto de Teori Zavascki como relator da lava-jato.

Zé Carlos alertou que se a indicação de Alexandre de Moraes for aprovada no Senado Federal, uma de suas incumbências no novo cargo, será de julgar ministros e parlamentares aliados de Temer, inclusive, o próprio presidente, também citado na lava-jato.

“Sabem o que é mais curioso? É Alexandre de Moraes em sua tese de doutorado defender que, na indicação ao cargo de ministro do STF, fossem vedados os que exercem cargos de confiança durante o mandato do presidente da República em exercício para que se evitasse demonstração de gratidão política. Por esse critério, ele próprio estaria impedido de ser indicado pelo presidente. O governo de Temer lança um novo lema: faça o que eu escrevo, mas não faça o que faço”, afirmou Zé Carlos.

O deputado disse ainda que essa nomeação é, claramente, uma tentativa de autoproteção do atual governo, um desrespeito ao Supremo Tribunal Federal e um insulto à inteligência do povo brasileiro.
“Como ficará o ministro, então, quando tiver que julgar alguns dos que hoje são seus colegas de ministério, lideranças de seu partido, o PSDB e o próprio Michael Temer, citado nas delações de empresas investigadas pela lava-jato? Será que o Ministro resistirá a demonstrar gratidão a quem o indicou?”, indagou Zé Carlos.



Fonte:
Com informações de agências de notícias e portal PT na Camara.

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